T - Tecido (Tissue): Controle do tecido não viável
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O tecido não viável impede a avaliação da ferida e a cicatrização em si, constituindo um obstáculo físico para a migração celular. A contração da ferida produz a cronificação da resposta inflamatória, favorece a extensão da infeção e provoca dor e mau odor. Os tecidos não viáveis que podem estar presentes na ferida são: tecido necrótico, exsudados, fibrina, biofilme e tecido infectado.
O desbridamento consiste num conjunto de mecanismos endógenos (autolítico) ou exógenos (cirúrgico, larval, químico, etc.) para separar os tecidos desvitalizados da ferida.
Indicações
Feridas com necrose. A necrose pode ser consequência de isquemia (ausência de irrigação sanguínea) ou por citotoxicidade.
- Trauma.
- Úlceras por pressão.
- Queimaduras térmicas, químicas, por congelamento, radiações, eletricidade.
- Oclusões vasculares: vasculite / trombose / ligaduras compressivas / encerramento primário com tensão.
- Citotóxicos: toxina de processionária, veneno de algumas serpentes ou aranhas, extravasamento de fármacos, infeções bacterianas necrosantes.
Escolha uma destas situações
- Paciente com risco anestésico.
- Coagulopatias.
- Feridas de pouca gravidade, extensão ou profundidade.
- Viabilidade dos tecidos duvidosa, ou com grande inflamação ou hematoma.
- Escaras espessas, aderidas.
- Lesões extensas, profundas e/ou muito exsudativas.
- Extravasamentos de citotóxicos.
- Presença de celulite.
- Ferida com sinais sistémicos de sépsis.
- Corpos estranhos em tecido subdérmico.